sábado, 8 de agosto de 2009

Criopreservação

Comprámos ontem os kits da criopreservação. Depois de muito pensar, perguntar e pesquisar, decidimos fazer a recolha de células dos dois rapazes.

Primeiro tínhamos pensado em fazer só de um, porque sendo gémeos idênticos, chegaria. Mas não, há uma pequena percentagem de ADN, chamado mitocondrial, que se desenvolve em cada indivíduo por si só, mesmo nos gémeos depois do óvulo se ter dividido, e que pode invalidar a perfeita compatibilidade entre eles. E depois a questão moral, como escolher qual faríamos e qual não...?

Bom, tomada a decisão que faríamos dos dois, surgem notícias sobre o banco público de células estaminais. Quisemos saber tudo. Mas o dito banco, embora seja uma grande ideia, tal como o registo de dadores de medula óssea, ainda não está a funcionar, por isso ficou posta de parte esta possibilidade.

Então partimos para as comparações entre empresas de criopreservação, que surgiram um bocado como cogumelos nos últimos tempos. Seleccionámos três. Pesquisámos, telefonámos, ponderámos... e "ganhou" a BebéVida. E porquê?


  • a preservação é feita em duas bolsas, podendo, em caso de necessidade e dependendo da doença e do peso da pessoa, ser utilizada apenas metade da amostra, ficando a outra de reserva.
  • Em caso de resgate da amostra para terapia celular, disponibiliza, gratuitamente, as células no local onde se efectuar a terapia.
  • oferece o valor de 15000 euros para cobrir despesas em caso de utilização das células estaminais, para comparticipação da própria terapia e dos custos relativos à deslocação e estadia do próprio ou de familiar directo.
  • o laboratório é aqui pertinho, em Penafiel. Tem segurança 24 horas por dia e pode ser visitado pelos pais.
  • é a empresa que apresenta melhores condições de pagamento para gémeos: oferta do 2º kit, 50% de desconto na segunda preservação e 5% na primeira por termos seguro de saúde (e, se não tivessemos, também havia protocolo com a clínica onde temos consultas, apenas não é acumulável).
  • é o único kit de criopreservação aprovado pelo Infarmed.
  • a qualquer altura podemos pedir análises gratuitas às amostras, para saber em que estado se encontram. Aconselham a fazê-lo de 5 em 5 anos.

Pode optar-se por preservar as amostras durante 20 ou 25 anos. Optámos pelos 20. E o que acontece depois? Daqui a 20 anos, mediante os progressos da medicina, pode ser possível renovar contrato pelos anos que essas descobertas ditem que as amostras são viáveis. Senão, podemos renovar pelos 5 que não contratámos agora. Além disso, nessa altura os miúdos serão maiores de idade e podem participar na decisão.

A doação das células ao tal banco público pode ser possível mais tarde, desde que o sistema de preservação seja semelhante. Claro que, ao colocar ao dispor público as amostras, um dia que se precise, podem estas já ter sido utilizadas por outra pessoa. Mas sabemos que casos de compatibilidade são muito raros fora da família, por isso decidiremos sobre isto mais tarde.

2 comentários:

Sandra C. disse...

Olá Elsa, uns tempos antes de o Vicente nascer também foi esse o Kit que compramos, confesso que não tivemos muita oportunidade por pesquisar, mas pareceu-no ser uma boa opcção...

Jokas
Sandra C.

Bebé Vida disse...

Cara Elsa,
Antes de mais Parabéns pelo seu blogue. A informação que partilha é muito útil e pertinente e cada experiência pode ser uma mais-valia para todas as mamãs grávidas, principalmente, na fase inicial.
Agradecemos-lhe a confiança que depositou em nós e desejamos as maiores felicidades para a sua família.

Bebé Vida