terça-feira, 23 de setembro de 2014

Venham mais Cinco!

Cinco anos! Como crescem rápido, como evoluem em tão pouco tempo, como parece que ainda ontem eram aqueles bebés indefesos que só comiam e dormiam... cada dia é mais desafiante, mais divertido, mais enervante, mais inseguro de estar a fazer um bom trabalho de mãe, mais, mais, mais! Mais tudo, sobretudo, mais amor, mais encanto, mais surpresa, mais orgulho!


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sofia

Toda a vida quis ter muitos filhos. No contexto da maioria das pessoas, três é muito. Para mim seria um bom número. Gosto de números ímpares, talvez por ter nascido em dia, mês e ano ímpar. Ponho o volume do rádio do carro sempre em valores ímpares também. Tolices.
Adoro os meus filhos e sinto-me todos os dias grata e abençoada por ter tido gémeos. Não queria ter "outro" filho. Queria ter "mais um". Uma, para dizer a verdade. Sofia. 
Amei estar grávida, a responsabilidade de planear, a ansiedade do antes de acontecer, as descobertas do durante. Todos os minutos. Foram os 7 meses e meio, desde que descobri até que nasceram, em que me senti mais viva, feliz, com mais sentido na vida. Finalmente estava a fazer alguma coisa da minha vida. E esta não é só a minha opinião.
Sinto que não gozei o suficiente os primeiros meses de vida deles. Eram dois, sentia-me culpada se ficava mais uns minutos com um ao colo, quase cronometrava o tempo para não prejudicar nenhum. E nisto, acho que não os mimei, abracei e embalei o suficiente. Não para eles, mas para mim. E gostava de repetir a experiência. Talvez seja egoísta. Não vou ter uma criança para me consolar do que não fiz com as que já tenho. Mas sonhei-a. E agora ela não vai acontecer. Porque nesta culpa de não estar presente, deixei o trabalho por eles. E tenho 37 anos. A janela de oportunidade está a fechar-se e não há condições para ter mais uma criança. Falhei-te, Sofia. Desculpa.